Minha avó Erna Kempfer teve 15 filhos e foi ao médico pela primeira vez aos 85, porque o coração estava ficando fraco. Faleceu aos 93 de uma maneira rara: morte natural, sem dor. Ela basicamente acreditava no poder dos alimentos e no bom funcionamento do intestino como receita de saúde. Claro que a genética também ajuda, mas quem disse que a genética também não precisa de uma força? Ela comia de tudo, mas, quando exagerava em alguma coisa, passava alguns dias comendo de forma leve para compensar. Ontem contei para a Júlia que na casa dela havia uma horta e algumas árvores, entre elas um pessegueiro e um abacateiro que eu adorava. Num forno à lenha, ela sempre assava batatas doces especialmente para mim. Tudo o que ela comia vinha da própria hortinha ou de produtores locais. Enfim, minha avó era praticante do slow food e não sabia. Era feliz e sabia.

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