Quando nasceu, a Júlia não pode ser amamentada infelizmente. Mesmo assim, tirei leite religiosamente 3 vezes ao dia no banco de leite do hospital durante 4 meses em que ela esteve internada na UTI Neonatal. Doei mais de 100 litros (pelos meus cálculos) para um hospital público. E dei de mamar em pensamento para a minha filha. Pelo menos, eu tinha cheirinho de leite, cheirinho de mãe. Mesmo na prematuridade extrema, a boquinha dela procurava meus seios num movimento involuntário. O mais impressionante é que, quando eu chegava perto dela, o leite vazava dos meus seios. Sim, vazava. Só por causa da aproximação. Isso é uma prova definitiva de que o instinto e a biologia são maior que a razão. Apesar dela não ter recebido meu leite, eu sinto como se ela tivesse sido amamentada. E de uma certa forma foi, com minha vontade e o meu amor.

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