Na sexta, fomos jantar com amigos na Tappo Tratoria e levamos a Júlia. Chegamos cedo e, de entrada, pedimos algo que a Júlia adora: fígado de galinha frito com cebola. O prato traz ainda uvas verdes e uma generosa fatia de pão embaixo de tudo que fica embebida no molho.

(Desde a minha infância, o fígado era o meu "pedaço" da galinha e só eu podia comê-lo na minha casa - era apenas meu e pronto. Claro, a maioria das pessoa nem fazia questão. E foi assim durante anos e anos, até que um dia a Júlia provou, gostou e eu, como mãe altruísta, passei a dividir o meu pedaço com ela. Sorte que existem bandejas com várias unidades para comprar, mas os frangos ainda vem com apenas um.)

Depois disso, eu e a Júlia dividimos uma farta bisteca à fiorentina, que estava simplesmente perfeita. O pai da dela comeu costela com risoto de açafrão. Apesar da Júlia não ser a maior fã de risotos, acabou provando e comendo um monte.

Não lembro os nomes das sobremesas (não sou crítica de gastronomia, portanto não faz mal), mas sim dos sabores que provamos: uma torta de chocolate com nozes e passas e também uma taça com um creme de limão e mais alguma coisa maravilhosa.

O restaurante é charmoso e aconchegante. Por ser pequeno e ter um público gourmand, recomendo ir apenas com crianças acostumadas a frequentar restaurantes e a seguir as boas regras sociais. Não é uma cantina da nona. É mais ou menos como a questão de levar ou não levar crianças a concertos. Mesmo que sejam peças italianas, com tenores gritando, o silêncio é obrigatório.

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