Saiu mais uma daquelas matérias sobre obesidade infantil e desta vez falando sobre a influência negativa da publicidade na alimentação das crianças. Foi na Época desta semana.
80% dos pais acham realmente que a publicidade influencia negativamente na alimentação dos filhos, segundo a matéria.
Até concordo. Mas não acho que a culpa se limite à publicidade, porque a questão não é tão simples.
Antes de tudo, quem tem o dever de determinar os hábitos alimentares das crianças são os pais, principalmente por meio de exemplos, com ênfase na primeira parte da infância.
São ainda esses mesmos pais que devem restringir o acesso à televisão, especialmente aos canais abertos que veiculam um volume incrível de comerciais e merchandisings de alimentos.
Sei por experiência própria que isso funciona. Não deixo a Júlia assistir TV aberta, exceto quando a avó dela vem nos visitar e insiste em ver novela.
(A primeira vez que a Júlia viu TV foi com um ano e meio de idade, porque como bebê prematura eu temia que fizesse mal aos olhos dela.)
Por causa disso, é muito tranquilo ir ao supermercado com ela.
Mesmo conhecendo todas as seções do supermercado perto de casa, a única coisa que ela pede para comprar quando vamos lá é o pão de queijo do balcão do Jaime. Mas isso não tem nada a ver com publicidade ou qualquer coisa assim. É porque ele é simpático mesmo.