Para celebrar a volta do pai da Júlia, fomos buscá-la na escola e depois fomos almoçar num lugar bacana que a gente ainda não conhecia, o Arturito. Eu confesso que estava muito curiosa depois de tanto ouvir falar bem da chef Paola Carossela.
Lá fomos nós, contrariando a vontade tremenda do pai da Júlia de ir direto para uma churrascaria depois de quase 20 dias no exterior, sem comer carne direito. Mas eu disse para ele: lá tem carne e deve ser maravilhosa. Ele acreditou.
Começamos com o couvert: um pão maravilhoso para mergulhar num delicado azeite com azeitonas e finíssimas fatias de parmesão. Geralmente dispenso os couverts porque servem apenas para estragar o apetite, mas nesse caso foi uma boa pedida. Deu para perceber desde o início a criteriosa seleção de ingredientes que compõem a cozinha daquela casa. Nota 10 para os azeites, principalmente.
Para a Júlia, pedimos o peixe fresco do dia acompanhado (tainha) de legumes no forno.
O prato estava realmente delicioso. A Júlia deu nota 9.
O sabor do peixe e dos legumes assados no forno é algo especial. Ela curtiu tanto que até provou da maionese (ela não gosta de maionese) e achou boa.
Por outro lado, o meu pedido foi frustrante. Basta olhar para a foto e ver o ponto do entrecote argentino maturado. Veio quase torrado por fora e bem passado por dentro. E logo para mim (!!!), que adoro carne vermelha ao ponto, quase sangrando.
Como pode uma chef argentina servir carne bovina deste jeito?
Acredito que foi porque o garçon apenas esqueceu de perguntar qual o ponto da carne que eu queria. Não pedi para trocar porque já passavam das 14h e eu tinha reunião às 15h.
O meu marido comeu barriga de porco, mas não gostou porque não estava crocante como deveria. Ou seja, foi mal feita.
Pelo menos, a Júlia comeu bem. O vinho estava ótimo. O café idem. E eu satisfiz minha vontade de conhecer o Arturito.
Hoje, fomos correndo para uma churrascaria. A carne não era nobre assim, mas pelo menos foi servida como deve ser.