Restaurantes em São Paulo com preços maiores ou iguais a NY. Essa era uma das matérias hoje no Estadão. Nenhuma novidade. Enquanto tiver gente que paga, vai ser assim mesmo. Não temos praia, são poucos museus, nenhum parque que não seja tremendamente poluído, enfim, o que resta fazer nesta cidade além de comer e ir na academia? Os restaurantes aproveitam: lei da oferta e da procura.
Agora, para quem reclama: então, por que não começar a cozinhar em casa? Por mais caros que sejam alguns ingredientes, as refeições são incrivelmente mais baratas. Ao mesmo tempo, as crianças aprendem desde cedo que não dependem de restaurantes para comer bem.
Por que não eleger apenas os restaurantes que valem a pena? Trocar muitos medianos caros por poucos bons caros?
Da mesma forma, por que não levar comida ao trabalho?
Na Europa e nos EUA, é a coisa mais comum ver pessoas com marmitinhas no trabalho. Já no Brasil, é coisa de "pobre". Uma vez presenciei essa: um estagiário de uma agência de publicidade levava diariamente marmita para o trabalho e, num daqueles almoços com todo o pessoal, teve alguém que sugeriu deixá-lo fora na hora de repartir a conta. Achavam que ele não tinha como pagar por causa das marmitas. Ri muito, porque eu era a única que sabia que o pai dele era um trilhardário do mercado financeiro.
Hoje, o Bill cozinhou uma bacalhoada e um joelho de porco. Uma combinação nada a ver (o joelho tava vencendo na geladeira), mas a Júlia adorou. No final se lambendo toda disse: papai, tá maravilhoso!!!
Então, diga-me: em qual restaurante meu marido iria sentir essa emoção?
Biill, o papai da pequena gourmet em ação.