Nos primeiros meses de vida da Júlia, na UTI, eu contava cada graminha que ela ganhava. Às vezes chorava e ficava imensamente triste porque ela havia perdido 15g. Sim, 15g. Era uma luta diária para ganhar peso e crescer. Mais do que nunca, eu aprendi o valor dos alimentos. Por isso, sou essa mãe babona quando vejo ela comendo de tudo, sem restrições, apesar do 1/3 do intestino.
Uma vez o Dr. Nóbrega, um pediatra fofíssimo e autor de vários livros, explicou para mim que cada criança nasce com um potencial genético. Potencial. Ele deu um exemplo interessante que jamais esqueci: se um casal de suecos com um bebê estivesse num avião que caísse num vilarejo pobre e distante e apenas o bebê sobrevivesse, certamente ele jamais seria alto e bem sucedido como os pais. Simplesmente porque não teria a alimentação rica em nutrientes que promove o desenvolvimento físico, motor e mental.
Ainda bem que as pediatras da Júlia, Dra. Regina e Dra. Gilda, seguem a mesma linha de pensamento.
Comida é alimento. É vida.
Se gastronomia está na moda como parte do lifestyle, sorte nossa e dos nossos filhos. É uma maneira lúdica e prazerosa de se alimentar direito, provando coisas novas.