Pic nic nas férias de inverno.

Desde ontem, eu e a Júlia combinamos fazer um pic nic hoje à tarde. Depois de uma reunião na hora do almoço lá no Santa Maria, aproveitei para comprar os ingredientes para nossos sanduíches. Quando cheguei em casa, ela e a cesta já estavam prontas.

Coisa mais fofa do mundo. Ela colocou um monte de coisas que viu na despensa e achou que poderiam ser úteis em nosso passeio.

Antes de sairmos, passamos no posto para comprar um talão de zona azul para não levar multa de novo no parque. O rapaz foi gentil e ainda me emprestou uma caneta para eu levar caso não tivesse nenhuma no carro.

Ao chegar lá, ficamos eufóricas. Saímos correndo para achar um gramado com sombra e sem ninguém em volta. Estendemos a toalha xadrez no chão e a própria Júlia passou a esvaziar a cesta.

Ela dava gritinhos de alegria.

Comeu meia banana e uma pera. E o sanduíche adivinha quem comeu?

Arrumamos tudo de volta na cesta e, de repente, eu lembrei que não havia colocado a folha de zona azul no carro. Fomos voando para o estacionamento, mas no caminho encontramos a guarda. Perguntei se por acaso ela tinha dado uma multa para um veículo com a placa tal. E ela disse sim. Contei a história do talão, da caneta, do pic nic.

A Júlia interrompeu a conversa e pediu para me contar um segredo no ouvido:

– Mamãe, você está sendo multada...

Dei risada e contei o segredo para a guarda, que riu também e disse que não era mais segredo, mas ela não tinha como nos ajudar.

Foi a multa menos chata da vida. Nem fiquei brava.

Fomos andar no parque. Atravessar a ponte de ferro. Ver as árvores de outono.

E depois brincar no parquinho das crianças, onde tem alguns brinquedos geniais, como os tambores musicais de latões e os microfones de tubos de ferro. Dignos de menção em guias da cidade como destaque para a criançada conhecer.