Olha isso. Ofereci dois tipos de limão para a Júlia colocar no peixe: siciliano e cravo. Ela falou: quero siciliano. Em seguida, mostrei os limões e ela escolheu o cravo. Falei que siciliano era o outro. Na hora ela largou o cravo.
Minha teoria sobre a linguagem tá certa. Crianças são altamente influenciadas por palavras ou imagens antes do alimento virar sabor na boca.
São as mesmas que crescem e falam "que nojo" para uma deliciosa rabada, sem jamais terem provado. Se rabada tivesse um nome mais nobre como "filé da ponta extrema" ou "steak ondulante", certamente o preconceito seria menor...
Por isso, tomo muito cuidado ao apresentar um prato ou ingrediente novo para minha filhota. Melhor é falar o nome depois que provou e gostou. Se não gostou, não falo. Porque ainda vou tentar outras vezes.