Minha mãe disse hoje alguma coisa sobre a Júlia "não gostar" de um ingrediente simplesmente porque não o aceitou comer. No mesmo instante eu percebi que esse tipo de julgamento me acompanhou muitas vezes na infância, moldando um paladar com base na mesmice.
Levei anos para me libertar.
Ora, quem disse que a criança sempre precisa estar disposta a comer de tudo no instante que o adulto quer? E da forma que ele preparou?
"Carimbos" de qualquer espécie são cruéis. Dizer que uma criança de 5 anos não gosta de alho é tão grave como dizer que ela não é boa em matemática. E que assim será para sempre.
Na infância nada é. Tudo está por ser. Todo mundo que já foi criança deveria lembrar disso.