Um amigo português trouxe de sua terra uma encomenda do pai da pequena Júlia: porco preto ibérico, o mesmo com que se faz o presunto pata negra e não se tem notícias por aqui no Brasil. 

Vieram de avião (clandestinamente) dois pacotinhos, um de lombo, outro de costelinha. Além de um pacotinho de flor de sal.

Foi o suficiente para um banquete. A Júlia simplesmente amou e, apesar de ser um pouco mais forte, pediu mais. Para sobremesa, uma combinação perfeita: cerejas. Que ela come direitinho, sem quebrar o cabinho. rs

Expliquei para a Júlia que o porco atravessou o mar para chegar em nossa mesa. E que, ao ser saboreado com tanto prazer, a morte dele valeu a pena.

Obrigada, seu porco preto, viu? 

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