O pai da Júlia é um cozinheiro e tanto, apesar de não trabalhar em restaurantes e nem pretender. Nós duas queríamos homenageá-lo no Dia dos Pais fazendo um almoço com tudo o que ele mais gosta. Escolhemos uma receita de costelinha de porco com sidra no livro Elizabeth em Cozinha Regional Francesa (Elizabeth David) que parecia apetitosa e fácil de fazer.
Mas, mas...
Mas não tem sidra no Santa Luzia e o vendedor avisou que será difícil achar, porque não se consome mais sidra, portanto não se importa mais sidra.
Soube disso às 19h30, véspera do Dia dos Pais. Mudei o menu no supermercado mesmo e avisei o Bill que ele teria que cozinhar, para não desperdiçar o foie gras que acabara de comprar para cobrir os medalhões de mignon.
Foie gras? Parece um luxo, mas uma porção para 3 custa menos que um prato num bom restaurante.
E a costelinha, oh, foi sem sidra e ficou divina.
Para acompanhar: o arroz feito por mim (meu marido adora e isso é um elogio vindo de um japonês). E ervilhas tortas com tomate.
O mais bacana de tudo foi almoçarmos juntinhos, celebrando o amor e os cuidados que esse pai dedica para a Júlia o tempo todo.
Parabéns, Bill!!
Comentários extras.
1. a Júlia ama fígado de galinha, mas foie gras ainda não caiu no gosto dela. Experimentou e cuspiu.
2. vou criar um post especial sobre as ervilhas tortas. São ridiculamente fáceis de fazer e são uma boa opção para crianças.
3. sidra é uma bebida que na Bretagna acompanha divinamente os crepes. Poxa, terei que importar por conta própria.
4. se alguém quiser a receita do foie gras, avise. É simples demais.
5. crianças que comem com os pais geralmente comem bem, porque tem exemplo e se sentem seguras para novas vivências do paladar.