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A avó materna da Júlia está em São Paulo. Isso quer dizer que ela está cozinhando todos os dias uma comidinha deliciosa aqui em casa. São pratos que remetem à minha infância e mostram de certa forma para a Júlia um aspecto da minha vida quando ela ainda não existia.

Ontem, o almoço foi: lentilha verde, arroz, mandioca cozida, fígado de frango fritinho com cheiro verde e frango de panela. Uma das melhores refeições dos últimos tempos. Quando a Júlia me perguntou o que eu mais gostava no prato, realmente não consegui responder.

Ela foi além: ainda comeu toda a saladinha de repolho e alface que a vovó preparou, sem deixar sobras no prato.

A única coisa que ela não aceita é mandioca, para minha frustração. Expliquei que é comida de índio, que eu sou maluca por essa raiz, que ajuda a crescer, etc, etc. Mas ela não quer saber. E eu tenho que aceitar. Em algum momento, vou descobrir uma receita que faça ela curtir esse ingrediente incrível.

Isso reforça minha teoria: o que a criança não comeu até os 2 ou 3 anos será mais difícil introduzir depois. Por outro lado, fazer comer à força também não é legal, porque pode fazer a criança criar implicância ou trauma. Deve-se ter paciência, muita paciência. E insistir com criatividade e delicadeza.

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