Há alguns meses comprei "Crianças Francesas Comem de Tudo", da Karen Le Billon, um best seller com o tema que  aflige milhares de mães mundo afora. Não dei muita bola, porque imaginei  que seria o blablalá de sempre.

Surpresa. Não é. 

Devorei o livro em uma noite, marcando uma série de ideias que fazem parte da vida da pequena gourmet. Obs.: geralmente não marco NADA em livros porque acho feio.

De tudo que li nesses últimos anos sobre alimentação infantil, este livro é de longe o que faz mais sentido para mim.  

A autora traz algumas "regras de ouro" que basicamente seguimos aqui em casa. Vou resumir.

1. Pais e mães são responsáveis pela educação alimentar dos filhos.

2. Evite comer por motivos emocionais. Comida não é chupeta, nem suborno.

3. As crianças comem o que os adultos comem. 

4. A comida é social e deve ser feita com a família.

5. Não coma o mesmo prato mais de uma vez por semana. (Crianças enjoam.)

6. Você não tem que gostar, mas precisa experimentar. 

7. Limite os petiscos e nunca menos de uma hora antes das refeições. (Eu acho que criança tem que comer de 3 em 3 horas.)

8. Não se apresse para cozinhar, nem para comer. Uma refeição lenta é feliz.

9. Coma principalmente comida caseira de verdade. Qualquer alimento industrializado não é comida "de verdade". 

10. Comer é algo prazeroso, não estressante. Trate as regras alimentares como hábitos, não como normas rígidas.

Em outra parte do livro, a autora cita 3 princípios da cultura gastronômica francesa que também compartilho.

1. Convivência - comer junto com os filhos faz toda diferença.

2. Gosto - os franceses dedicam bastante tempo para que tudo seja gostoso, inclusive para crianças muito pequenas. 

3. As 10 regras de alimentação que citei acima, uma por uma, sobre quando, quanto e como a comida é consumida. 

Foto

Mesmo não sendo franceses, eu e meu marido pensamos exatamente assim. Logo, as crianças francesas tem muito a ver com a brasileiríssima pequena gourmet.

Acredito que a alimentação dos filhos tem mais a ver com os pais do que com o país - a diferença é um acento agudo =)

Claro que morar na França ajuda porque lá é o berço da refinada gastronomia ocidental, onde inclusive surgiram os primeiros críticos de comida e comer é quase uma religião. 

Recomendo a leitura do livro, mas já vou adiantando para quem sofre com a questão da alimentação: não espere soluções mágicas, porque as regras de ouro dependem apenas da forma de viver dos pais.

E quem disse que as pessoas não podem mudar? Ou que isso não vai ser interessante? Ora, nunca é demais experimentar.

 

 

 

 

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