Foi no comecinho deste ano que descobrimos o tamboril, também chamado demônio do mar ou monkfish, que já foi servido enganosamente em alguns restaurantes da Inglaterra, cortado em cubos, como lagosta nórdica.
Na época, essa descoberta valeu um post com direito a fotos na bancada do peixeiro, exaltando a feiúra do peixe.
Realmente, o gosto do tamboril lembra lagosta, mas o que importa é que ele é único com sabor idem.
Infelizmente, nem sempre se acha fácil para comprar. Mas, ontem foi nosso dia de sorte e trouxemos para casa 8kg, sendo uma parte para congelar e outra para fazer um banquete, aproveitando todas as partes do peixe.
OS PRATOS
Para começar, o pai da Júlia preparou uma sopa de tamboril maravilhosa usando apenas as cabeças, arroz, cebola roxa, alho, cenoura, alho poró, sal, ajinomoto e pimenta do reino.
Com as sobras da sopa, ele fez um risoto que acompanhou o "tamboril crocante". Filés de peixe empanados no panko (farinha de tempurá), fritos e depois colocados para assar no forno.
Tamboril crocante.
Mas antes disso, foram servidas aparas da barbatana fritas, que tem uma textura meio borrachenta, mas caíram bem no gosto de todos, principalmente da Júlia.
Arestas de barbatanas: tudo foi aproveitado.
O fígado do tamboril é uma iguaria que se mistura com as tripas do peixe e, infelizmente, não trouxemos quando compramos esse peixe pela primeira vez.
Desta vez, meu marido foi mais esperto e assim teve matéria prima para fazer o "ankimô" (fígado de tamboril à moda japonesa) que lembra muito uma mistura de ovas e fígado com um leve toque salgadinho de mar.
Recomendo fortemente esse peixe para crianças porque o sabor é delicado, gostoso e o peixe não tem espinhos.
Na internet, existem muitas receitas disponíveis em sites e no youtube. Se alguém se interessar, posso colocar as nossas versões aqui também. É só avisar.