O projeto da Pampers chegou ao fim. Foi maravilhoso escrever durante 6 meses, semanalmente, sobre um dos meus assuntos favoritos: alimentação infantil. Procurei explorar assuntos e pontos de vista que não estão pipocando nas redes sociais ou revistas, até porque senão minha contribuição perderia o sentido.

Usei todo meu conhecimento acumulado com a história alimentar da minha bebê Júlia, que a partir do primeiro mês de vida passou a viver com apenas 1/3 do instestino, teve uma introdução de alimentos extremamente delicada e, por fim, virou um caso de sucesso.

Minha escola não foi nada ortodoxa.

Aprendi demais com os excelentes médicos e a equipe do Hospital Albert Einstein que cuidaram tão bem da minha filha. Com meu marido, um dos melhores cozinheiros que conheço e que adora inventar pratos novos para nossa pequena. Com os livros. Com a vida. E finalmente com a Júlia, meu objeto de estudo e grande amor.

Agradeço à Pampers pela oportunidade de compartilhar a minha experiência e visão sobre alimentos com suas mais de 100 mil fãs. 

O texto de despedida resume um pouco sobre como enxergo comida.

"Minha avó paterna sempre se alimentou com o que tinha na horta e ingredientes que comprava na vendinha da esquina, produzidos pelo pessoal da região. Comia muitos legumes, verduras, frutas, feijão, arroz, batatas e proteínas de forma equilibrada. A dieta dela seguia os princípios básicos da atual gastronomia “slow food”, que valoriza ingredientes frescos e regionais. Viveu muito bem até os 93 anos de idade e visitou o médico pela primeira vez aos 85, apesar de ser mãe de 15 filhos. Para ela, alimentação era algo sagrado.

Muitos anos depois...

Minha filha nasceu prematura extrema, perdeu ⅔ do intestino numa cirurgia com um mês de vida e demorou quase dois anos para comer de tudo sem restrições. Hoje ela ama legumes, verduras, frutas, feijão, arroz, batatas e come proteínas de forma bem equilibrada. Sempre que posso dou preferência para orgânicos e produtos que conheço a procedência. Raramente ela come alimentos industrializados. Não curte doces, nem cachorro-quente, mas é feliz mesmo assim. Eu e meu marido tentamos ao máximo educar o paladar dela para o bem. Júlia tem 5 anos e já conheceu muitos médicos na vida. Com uma alimentação rica e variada, paciência e muito empenho, cresceu saudável e leva uma vida normal. Come direito e com prazer. Por tudo isso, seguindo os passos da minha avó, não poderia ser diferente: a alimentação se tornou algo sagrado para mim também."

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